Água: um bem finito que exige consciência redobrada em tempos de estiagem

08/09/25
Água: um bem finito que exige consciência redobrada em tempos de estiagem

A estiagem não é novidade no calendário climático brasileiro, mas seus impactos tornam-se mais evidentes a cada ano. Quando o volume de chuvas diminui, a pressão sobre o abastecimento cresce e expõe uma verdade que, muitas vezes, esquecemos: a água é um bem finito.

Não se trata de alarmismo, mas de realidade. Essa situação nos impõe um dever coletivo: rever hábitos e entender que, embora pareça abundante, a água não é inesgotável, e cada atitude conta.

No campo e em áreas de lazer, por exemplo, a irrigação é um dos pontos mais críticos. Mangueiras ligadas por horas significam desperdício em larga escala, quando poderiam ser substituídas por alternativas simples, como o uso de regadores ou a irrigação por gotejamento. Em propriedades maiores, sensores e temporizadores podem ser uma alternativa eficaz que mostra como a tecnologia pode ser aliada da sustentabilidade.

Reuso e hábitos domésticos

O reuso da água e pequenas mudanças de comportamento dentro de casa podem gerar grande impacto e deixar de ser exceção para se tornar regra. Atitudes como utilizar máquinas de lavar apenas com carga completa e reaproveitar a água que seria descartada na limpeza de pisos, calçadas e veículos já fazem diferença.

Além disso, hábitos simples como reduzir o tempo de banho, manter torneiras fechadas ao escovar os dentes ou ensaboar a louça e reparar vazamentos, podem impactar no consumo diário.

Para se ter uma ideia, uma pessoa consome, em média, 200 litros de água por dia em atividades básicas. Reduzir o banho para 5 minutos já representa uma economia de 60 litros por pessoa ao dia, e consertar vazamentos pode poupar milhares de litros ao ano. O desperdício em um endereço pode afetar toda a comunidade, reforçando a importância de ações individuais conscientes.

Cada gota conta

Não basta olhar para represas cheias ou índices de reservação equilibrados e acreditar que está tudo sob controle. A água doce disponível no planeta é limitada, e cada gota desperdiçada representa uma oportunidade perdida de garantir o abastecimento futuro.

A estiagem nos lembra da fragilidade dos recursos naturais. Por isso, mais do que nunca, é hora de cada um assumir sua responsabilidade na preservação da água. A economia de hoje garante o abastecimento de amanhã. Afinal, cuidar da água é cuidar do futuro. É pensar nas próximas gerações e agir no presente para que não falte o essencial.

Juntos, por Marília e para Marília!

Eng° Julio F. Neves

Eng° Julio F. Neves

Superintendente Comercial e de Comunicação

RIC Ambiental – Água e Esgoto de Marília S.A.

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