A diferença do modelo de concessão em Marília: foco na população e na eficiência técnica

04/08/25
A diferença do modelo de concessão em Marília: foco na população e na eficiência técnica

Falar sobre saneamento básico pode parecer técnico ou distante da realidade do dia a dia. Mas quando a água não chega à torneira ou o esgoto retorna pelas tubulações, a importância de um sistema eficiente se torna clara. É por essas razões que a concessão dos serviços de água e esgotamento sanitário em Marília precisa ser compreendida.

Para esclarecer, vamos analisar a comparação que, inapropriadamente, vem sendo feita entre duas cidades: Marília e Ourinhos. A começar pela influência do relevo e geografia das duas cidades, a água que abastece Marília percorre cerca de 14 quilômetros até o reservatório, com um desnível de 310 metros. Já em Ourinhos, a água viaja apenas 3 quilômetros, com um desnível de 110 metros. Essa diferença, que pode parecer pequena no mapa, representa uma diferença enorme na operação: aqui é muito mais cara, complexa e desgastante para o sistema, exigindo mais equipamentos, mais energia e mais manutenção. Vale lembrar ainda que a população de Marília é quase três vezes maior do que a de Ourinhos, o que significa um volume de água produzida, tratada e distribuída muitíssimo maior!

Os desafios não param por aí. Outro ponto importante é a profundidade dos aquíferos subterrâneos — fonte de água que abastece 50% de Marília. Em Ourinhos, a água subterrânea do Aquífero Guarani está a cerca de 300 metros de profundidade, o que representa um custo de aproximadamente 1 milhão de reais para perfuração de cada poço. Já em Marília, a água do Guarani está a incríveis 1200 metros de profundidade. Esse fato faz o custo para perfurar cada poço saltar para até 10 milhões de reais.

Mesmo com essa realidade muito mais desafiadora, Marília optou, no processo de concessão, por um modelo baseado na menor tarifa e na capacidade técnica comprovada — priorizando o bolso da população e a melhoria real do sistema, e não apenas o valor de outorga para os cofres públicos. No exemplo de Ourinhos, que já tinham uma estrutura consolidada,  adotou-se o critério de maior outorga. A realidade de Marília exigia outro caminho: garantir que o serviço funcionasse e que fosse acessível.

A concessão firmada com a RIC Ambiental representa exatamente isso: uma resposta técnica, responsável e com foco na população e no futuro. Marília não podia mais esperar. O sistema estava sucateado, com perdas altíssimas e abastecimento precário, beirando o colapso. A concessão não foi uma escolha ideológica — foi uma medida prática e urgente. Porque garantir água tratada e esgoto coletado com eficiência não é luxo. É um direito da população. E para isso, é preciso ter gestão técnica, equipes especializadas e garantias de investimento sério. A realidade se impõe, e a concessão foi — e continua sendo — a forma mais viável para garantir um serviço essencial à altura do que Marília merece.

Juntos, por Marília e para Marília!

Reservatorio Elevado Sao Luiz Marilia
Responsabilidade e gestão planejada marcam o trabalho da RIC Ambiental na transformação do saneamento em Marília
Eng° Julio F. Neves

Eng° Julio F. Neves

Superintendente Comercial e de Comunicação

RIC Ambiental – Água e Esgoto de Marília S.A.

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