Por um abastecimento justo: o compromisso coletivo contra fraudes no consumo de água

21/06/2025

Num cenário de escassez de recursos naturais e crescente demanda urbana, garantir o uso responsável da água é responsabilidade de todos. Em Marília, a RIC Ambiental tem reforçado seu papel não apenas como concessionária dos serviços de saneamento, mas também como agente de conscientização e fiscalização. As recentes ações voltadas à integridade dos hidrômetros — equipamentos fundamentais para a medição do consumo — trazem à tona um problema que vai além da técnica: a prática ilegal de fraudes que afetam o abastecimento de toda a população. 

Hidrômetros com visores danificados, cobertos por entulho ou até violados indicam uma realidade preocupante. Em muitos casos, essas condições dificultam a leitura adequada, mas também podem ser indicativos de manipulação intencional, uma tentativa de reduzir artificialmente o valor da conta de água. O que à primeira vista pode parecer uma vantagem individual, se revela como um prejuízo coletivo: fraudes comprometem o equilíbrio financeiro do sistema, encarecem os serviços e pressionam a estrutura técnica de abastecimento. A conta, no fim, sempre chega e é paga por todos. 

Adulterar ou violar um hidrômetro, além de ser uma infração administrativa é um crime previsto em lei. Quem comete esse tipo de ação responde por furto qualificado, com pena de até quatro anos de reclusão. Além disso, há consequências imediatas como corte no fornecimento e aplicação de multas. Mas, mais do que repressão, o foco da RIC Ambiental está na prevenção: orientar a população, incentivar a regularização e tornar a relação entre concessionária e consumidor mais transparente. 

Hidrometros funcionando bem garantem abastecimento justo para todos
Hidrômetros funcionando bem garantem abastecimento justo para todos

A responsabilidade também está nos detalhes. Instalar corretamente a caixa padrão do hidrômetro e permitir seu acesso adequado evita erros na fatura e transtornos. A instalação e manutenção dos medidores devem ser feitas exclusivamente pela RIC Ambiental, conforme determina o Regulamento dos Serviços de Água e Esgoto, em vigor pelo Decreto Municipal n°14.441 de 05 de setembro de 2024. Os equipamentos seguem normas do Inmetro, que recomenda que sejam trocados a cada cinco anos, o que garante precisão e segurança na medição. 

A construção de um sistema eficiente e sustentável passa por um pacto coletivo de responsabilidade. Quando um hidrômetro é violado, não é apenas a concessionária que é lesada: e sim toda a cidade. Fraudar é crime e denunciar é um ato de cidadania. Combater irregularidades é proteger o bem comum, e isso só se faz com informação, fiscalização e, acima de tudo, com consciência cidadã. 

Marília tem a chance de ser exemplo em gestão hídrica, mas isso depende do compromisso coletivo. Afinal, água é vida e cuidar dela é dever de todos.